Pesquisa e Iniciação cientifica

1. Importância da pesquisa científica

A pesquisa científica é um dos principais meios de produção de conhecimento técnico-científico. Para garantir um desenvolvimento da sociedade é necessário investir em educação e tecnologias. A iniciação de um projeto na graduação permite a formação de recursos humanos para a pesquisa, contribuindo para diminuir o tempo médio de permanência dos discentes na pós-graduação além de facilitar o acesso e a integração do estudante à cultura cientifica [7].

2. Como realizar uma iniciação científica e quais as vantagens de realizar esta atividade?

Para realizar uma iniciação científica é necessário a participação de um professor que será responsável por orientar o aluno durante a execução do projeto. Dessa forma, o aluno disposto em participar do programa deve entrar em contato com um docente que tenha uma área de pesquisa no qual ele esteja interessado.

A Pró-Reitoria de Pesquisa e Inovação (PROPESQ) da UFPI é a responsável por abrir as inscrições do Programa de iniciação Cientifica Voluntária (ICV/UFPI), do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Cientifica nas Ações Afirmativas (PIBIC-Af/CNPq/UFPI) e do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC/CNPq/UFPI).

O orientador submete as propostas pela plataforma SIGAA e, após passar por avaliação e se aprovado, indica bolsistas e/ou voluntários para participar dos projetos. A duração dos programas é de 1 ano e as obrigações do discente e do orientador estão dispostas no quadro a seguir.

Os discentes selecionados para participarem do programa PIBIC e PIBIC-Af não poderão acumular bolsas meritórias da UFPI, apenas àquelas de assistência oferecidas pela PRAEC como, por exemplo, a bolsa de assistência estudantil (BAE), o auxílio de inclusão digital (AID), entre outros.

Além dos processos seletivos da UFPI, existem outras instituições de fomento que possuem seus próprios programas internos para selecionar pesquisadores. No Brasil, o financiamento de pesquisas ocorre por meio de diferentes sistemas e instituições de fomento, que estão ligadas diretamente ou não aos ministérios brasileiros.

Algumas universidades públicas possuem suas próprias agências, fundações e fundos separados, que são geridos com o propósito de apoiar suas faculdades e estudantes no que se refere à pesquisa e desenvolvimento de inovações tecnológicas [1]. Algumas instituições de fomento à pesquisa estão listadas a seguir:

Capes

A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), fundação do Ministério da Educação (MEC), desempenha papel fundamental na expansão e consolidação da pós-graduação stricto sensu (mestrado e doutorado) em todos os estados da Federação [3].

CNPq

O conselho Nacional de Desenvolvimento Cientifico e tecnológico é uma fundação pública e um dos maiores responsáveis pelo apoio à pesquisa e à ciência no Brasil.

FADEX

Instituição de apoio a programas e projetos culturais, de pesquisa, ensino, extensão e de desenvolvimento institucional, científico e tecnológico da Universidade Federal do Piauí — UFPI e do Instituto Federal do Piauí —IFPI.

FAPEPI

É a Fundação de Amparo à Pesquisa do Piauí.


Participar desse tipo de atividade na graduação garante um desenvolvimento na oratória e nas habilidades de escrita. Outra vantagem é a maior facilidade para ingressar em programas de pós-graduação. Entretanto, mesmo que o estudante não escolha a carreira acadêmica, fazer uma iniciação científica enriquece o currículo profissional demonstrando para futuros recrutadores que o discente possui dedicação e compromisso.

Além disso, a IC pode ser cadastrada como atividade extracurricular. O curso de engenharia mecânica exige 240 horas de atividades complementares, necessárias para que o aluno possa colar grau. A categoria “atividade de iniciação à docência e à pesquisa” aceita carga horaria máxima de 180 horas. Para uma iniciação cientifica com bolsa a carga horaria admitida é de 30 horas, a mesma situação se aplica à iniciação cientifica voluntáraria.

3. Meios para divulgação científica

Um artigo científico é uma produção textual acadêmica com autoria declarada que apresenta e discute ideias, métodos, técnicas, processos e resultados nas mais diversas áreas do conhecimento. Não costuma ser extenso e pode fornecer resultados de uma pesquisa teórica, e também de uma pesquisa mais prática [2].

Para alunos que estão iniciando na carreira acadêmica o ideal seria fazer publicações em anais de eventos. Eles são uma coleção de todos os trabalhos, palestras, mesas-redondas e qualquer outro tipo de conhecimento apresentado em um evento científico. Os anais compilam também os nomes de todas as pessoas que contribuíram para a produção. São eles: autores, palestrantes e comissão científica. Eles ficam disponíveis e acessíveis para consulta [6].

Os principais eventos na área da engenharia mecânica são organizados pela Associação Brasileira de Engenharia e Ciências Mecânicas (ABCM). Ela é uma Sociedade Civil, de caráter cultural e científico sem fins lucrativos, fundada em 1975 [8]. Os eventos regulares da ABCM são:

COBEM- International Congress of Mechanical Engineering

CONEM- Congresso Nacional de Engenharia Mecânica

DINAME- International Symposium on Dynamic Problems of

Mechanics

COBEF- Congresso Brasileiro de Engenharia de Fabricação

CONNE- International Conferece on Nonlinear Dynamics, Chaos and

Control

CREEM- Congresso Nacional de Estudantes de Engenharia Mecânica

EBECEM- Encontro Brasileiro sobre Ebulição, Condensação e

Escoamento Multifásico Líquido-Gás

ENEBI- Encontro de Verão de Refrigeração

MECSOL- Simpósio Internacional de Mecânica dos Sólidos

EdC- Escola de combustão

ENCIT- Congresso Brasileiro de Ciências Térmicas e Engenharia

4. Plataforma Lattes

É um site criado pelo CNPq que possui o intuito de armazenar informações, experiências e projetos de pesquisadores de todo o brasil. Ela é importante pois é utilizada para nortear ações de planejamento, gestão e operacionalização do fomento do CNPq, e também de outras agências de fomento federais e estaduais, das fundações estaduais de apoio à ciência e tecnologia, das instituições de ensino superior e dos institutos de pesquisa [5].

A maioria dos processos seletivos para mestrado/doutorado e editais para financiar projetos de pesquisa exige um currículo lattes. Dessa forma, é possível garantir que a atuação e produção acadêmica do pesquisador possam ser consultadas e avaliadas.


5. Sistema QUALIS/CAPES

O Qualis Periódicos é um sistema usado para classificar a produção científica dos programas de pós-graduação no que se refere aos artigos publicados em periódicos científicos. Ele analisa a qualidade dos veículos de divulgação, ou seja, periódicos científicos. A função do QUALIS é, exclusivamente, avaliar a produção científica dos programas de pós-graduação. As revistas recebem classificações em estratos indicativos de qualidade A1, mais elevado; A2; B1; B2; B3; B4; B5; C - peso zero [4].

A classificação de um artigo pode ser consultada através da plataforma Sucupira e os estudantes da UFPI conseguem obter a maior parte desses artigos, que não são de acesso aberto ao público geral, por meio do Acesso Café (acervo do portal de periódicos) utilizando o login do SIGAA.

6. Links úteis

7. Referências

[1] Fomento à pesquisa. Portal ADP, c2021. Disponível em: <http://www.sbu.unicamp.br/portal-adp2/fomento-a-pesquisa/>. Acesso em: 13 de ago. de 2021.

[2] Guia sobre como e onde publicar artigos. Even3, c2013. Disponível em: <https://blog.even3.com.br/publicar-artigos/>. Acesso em: 13 de ago. de 2021.

[3] História e missão. Governo do Brasil, 2021. Disponível em: <https://www.gov.br/capes/pt-br/acesso-a-informacao/institucional/historia-e-missao>. Acesso em: 13 de ago. de 2021.

[4] Nota qualis-periódicos. Sucupira, [s.d]. Disponível em: <https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/#>. Acesso em: 13 de ago. de 2021.

[5] Sobre a plataforma Lattes. Lattes, [s.d]. Disponível em: <https://lattes.cnpq.br/>. Acesso em: 13 de ago. de 2021.